segunda-feira, 13 de maio de 2013

És tu mãezinha

Por Betânia Lopes

Deus pôs em minha vida
Um anjo pra me guiar
Uma luz no meu caminho
Para sempre me amparar

Esse anjo se chama mãe
O meu refúgio, a minha paz.
Aquela que sempre diz
-filha tu é capaz

Aquela a qual eu amo
De todo o coração
Mãezinha perdoe minhas falhas
Imploro por seu perdão

A mulher que me deu a vida
Sem nada pedir em troca
Sofrendo ao conceber
Pra logo ver seu bebê

Agora já crescido
Chora ao relembrar
Daquela feliz criança
Que punha para ninar

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Me inspirando no desconhecido


Manhã de uma terça-feira. O sol estava a nascer, trazendo uma forte brisa do mar em direção à calçada, que ficava logo ali. Onde terminava a onda começava a escada.
Encontrava-me a vagar entre as pessoas, com olhos inquietos, pois procurava um detalhe, não um qualquer,  um especial. O bastante para ter mérito de uma crônica. Quando de repente o avistei. Ele estava de costas pra mim. Fitei meus olhos nele, e passei a observá-lo. Era um homem simples, de meia idade, porém, a paisagem o transformava em uma criança, com olhos virgens para tamanha beleza. Olhava o horizonte de uma maneira particular. Enxergava mais do que os meus olhos podiam ver, pois havia admiração com intensidade, pureza.
A cada onda, seu peito se enchia de entusiasmo. Inclinava levemente o rosto, como se tentasse sentir a fragrância da brisa, do mar, da areia. A cada ação dessa, que se repetia como as ondas, ele que estava escorado com os cotovelos  na mureta de proteção, erguia-se.
Então me aproximei e pude perceber tudo. O homem é de uma região que não tem mar. De um lugar onde as belezas naturais são totalmente diferentes. O homem que não reconheci, que contemplava aquele momento como único, era meu professor.